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Christiane Rolim Girão

Christiane Rolim Girão

Uma semana depois de completar 12 anos, estava de malas prontas para passar 40 dias na Inglaterra. Na época, meus pais foram bastante recriminados por ‘soltar’ uma criança na Europa. Mas todo pai conhece bem seu filho e sabe até onde ele pode confiar nele. Todos temiam que eu voltasse rebelde, cheia de tatuagens e viciada em alguma droga. De forma alguma. A experiência foi transformadora, sim, de várias outras maneiras.

Mesmo tão nova, eu me sentia segura antes de partir: as reuniões com a equipe da CP-4 expunham com clareza todas as facetas da aventura, e eu estava preparada para os desafios que viriam. Escolhemos um programa que me oferecia liberdade com todo o controle.

O Summer Program da TASIS me levou para Surrey, a 30 minutos de Londres. Fiquei em uma “boarding school”, morando na escola sob a supervisão constante de professores. O campus da escola era encantador, com lindos prédios clássicos, muito verdes e lagos, transformando meus dias em um grande sonho. Era mágico cruzar aquele campus medieval e sentar-me na biblioteca equipada com lareiras, poltronas de veludo vermelho e livros de capa de couro, onde aconteciam algumas das aulas de inglês. É difícil avaliar o quanto a minha fluência da língua melhorou. Talvez, antes, eu nem tivesse fluência. Ao chegar lá, o inglês dos livros do cursinho estava entalado em minha garganta e tremia na hora de sair. Mas eu não pretendia deixar a Inglaterra sem nenhum amigo, e fui tratando de me comunicar. Eu me sentia confortável para falar errado, pois todos os colegas estavam na mesma situação, e todos os professores nos estimulavam bastante, ajudavam em toda e qualquer dificuldade.

Desde o primeiro dia, fiz amigos, e o grupo aumentava todos os dias. Como uma grande família, nos unimos, crianças na Terra do Nunca. Foram férias intensas, mágicas, em que fantasias se tornavam realidade: eu vivendo naquele cenário do passado, assistindo aos musicais em Londres, fazendo amizade com gente de todas as partes do mundo.

Ninguém se surpreendeu quando, no ano seguinte, anunciei que iria passar um semestre na mesma escola, mas dessa vez na Suíça. Se a experiência na Inglaterra me pareceu mágica, a Suíça foi surreal. Tive a oportunidade de desbravar a Europa, e a cada sexta-feira as malas estavam prontas para um fim-de-semana em outra cidade suíça, ou italiana, ou alemã, ou francesa, ou austríaca e etc. Outro ponto alto da experiência foi que, naquela atmosfera, reencontrei o prazer de estudar. As classes eram mais interessantes, com grupos menores de alunos, e as aulas conduzidas por professores altamente qualificados. Os study halls de duas horas me habituaram a ter os deveres em dia e de não precisar arrancar os cabelos antes das provas, como no Brasil.

Depois de permanecer alguns anos no Brasil, voltei uma terceira vez para mais um ano na TASIS da Suíça, onde recebi meu “high school diploma”. Com 16 anos, estava pronta para a faculdade, matriculada na Boston University. Depois de tantas descobertas e aventuras, o mundo se abria ainda mais diante de meus olhos, e mais uma vez mudei de endereço.

Acabo de me formar com um laude em Economia e Relações Internacionais. Com 21 anos, conheço a Europa de cabo a rabo, tenho amigos em todos os continentes, sei falar inglês e francês fluentemente, sem contar italiano e espanhol. Será que se tivesse deixado passar a chance de ir para há Inglaterra nove anos atrás, teria chegado tão longe? Não deixe seu potencial trancado em casa, o mundo e as oportunidades esperam por você.

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